Comecei a me interessar por rock aos 10 anos de idade quando meu irmão mais velho, com 14 anos começou a aprender a tocar guitarra e trazer cds de bandas íncriveis pra nossa casa. E uma dessas bandas íncriveis era Capital Inicial. A música que mais me atraiu e me deixou intrigada (em um bom sentido) foi Natasha.

Escutava a letra e me imaginava aos 17 anos saindo de casa ás escondidas usando um saltão 15 , saia de borracha, cabelo verde e tatuagem no pescoço. Tentava imaginar qual motivo levaria uma garota abandonar os pais e namorado e logo pensava “Dane-se o motivo, seria divertido e isso já é suficiente”. Em 2003, aos 11 anos de idade, vi o anúncio na tv que o Capital Inicial iria fazer um show na maior festa de Uberaba (minha cidade), a Expozebu.

Fiquei eufórica, me comportei a semana inteira pra que meus pais deixassem eu ir no show mas o esforço foi em vão, meus pais não deixaram. “Imaginem só uma menina de 11 anos em um show de rock”, diziam eles. Chorei, chorei e chorei mas pensei comigo mesma: “tudo bem, o show foi um sucesso, com certeza ano que vem eles virão e eu terei doze anos, irei de qualquer jeito”. Esperei o ano seguinte, o próximo, três anos, cinco anos e nada de o Capital vir pra Uberaba. Acompanhava pelo site a agenda da banda e sentia uma tristeza enorme de não poder estar naquelas cidades em que teriam show do Capital.

Pensava: “Como são sortudas as pessoas que moram nessas cidades”. Em um desses dias que estava acompanhando a agenda de shows no site, estava em plenas férias de julho de 2010, doida pra fazer alguma viagem, e vi que teria show do Capital em Caldas Novas, uma cidade mais ou menos próxima da minha. Seria a oportunidade perfeita pra viajar e curtir minha banda favorita, então insisti para minha mãe liberar a grana pra que eu viajasse, prometi até lhe pagar aos poucos depois, mas minha mãe negou e falou que eu poderia esperar eles virem pra Uberaba.

Poxa, já havia esperado sete anos e nada, estava descrente, me peguei aos 18 anos chorando como a muito tempo não chorava, como chorei aos 11. No começo de dezembro de 2010 tive um sonho, daqueles que soam realmente reais, de que tinha encontrado com o Dinho na rua, em frente a uma van e que estava abraçando, conversando, tirando fotos com ele. Acordei super feliz e contei do sonho pra minha mãe, que riu junto comigo. Uns 15 dias depois desse sonho recebo uma ligação do meu melhor amigo dizendo que havia ouvido na rádio que o Capital Inicial viria pra Uberaba em fevereiro de 2011. Aquilo pra mim foi a melhor notícia de todos os tempos, pulei de alegria, saí contando eufórica pra todos os meus amigos: “Vai ter show do Capital aqui”, sonhei com o show e nesse sonho também tinha encontrado com o Dinho. Comprei meu ingresso do show no mesmo dia que começou a vender e ficava ligada na rádio e no twitter da rádio que estava promovendo o show para participar de qualquer promoção que houvesse pra entrar no camarim.

A primeira promoção era pra ligar pra rádio e cantar um trecho de alguma música do Capital Inicial. Pensei: “Só o Capital Inicial mesmo pra eu fazer isso” porque sou uma péssimaaaaaaa “cantora”, desafinada até falar chega. Corada de vergonha, liguei pra rádio e cantarolei um trecho de “Á sua maneira”. Obviamente, não ganhei pela cantoria mas felizmente, a rádio promoveu outro sorteio pelo twitter, que era só twittar um frase referente ao show e este sorteio eu ganhei. Logo eu, que nunca havia ganhado nem rifa de quermesse. Fiquei sabendo que era a ganhadora e por poucos minutos, se eu não me manifestasse a rádio faria o sorteio para outra pessoa. Consegui me manifestar poucos minutos antes e graças a Deus não perdi o meu prêmio. Estava em estado de êxtase, pulava sem parar, não tive de tempo de comprar um presente aos integrantes da banda, como gostaria de ter feito, mas improvisei uma carta e coloquei um cd da banda de rock do meu irmão junto com a carta em uma embalagem de presente.

Cheguei ao local do show super cedo e fui aguardar ser chamada para o camarim em um local especificado pela rádio. Lá conheci a outra garota que também ganhara a promoção pela rádio (só que cantando). Simpatizei-me com ela rapidamente e juntas ficamos mais nervosas, ansiosas, felizes do que estávamos. Chegando ao camarim, haviam mais 3 pessoas que foram sorteadas pelo fãclubedebh, mais a galera da rádio. Esperamos mais um pouco até a chegada dos integrantes.

Quando a porta do camarim abriu e vi o Dinho saindo de lá, só consegui abraça-lo e falar um “Tudo bom? É um prazer te conhecer” e as palavras sumiram de mim. Foi uma sensação única. Estar cara a cara com meu ídolo, que eu tanto admiro, que considero um poeta. Ao mesmo que tempo que eu sentia como se eu o conhecesse a tempos, eu não me sentia a vontade pra fazer tudo que eu queria ter feito e foi tudo muito rápido, haviam outras pessoas para experimentar um pouquinho daquela sensação que experimentei. Fui cumprimentar os outros integrantes da Banda, tirei foto com eles, e o único que consegui conversar um pouquinho mais foi o Fê, para quem entreguei a embalagem que continham a carta e o cd da banda do meu irmão.

Falei pra ele: “Posso deixar com vocês um presentinho?”. Ele brincou: “É só pra mim ou terei que dividir com todo mundo?”Como não havia dado tempo de comprar um presente individual para cada um como gostaria, ele teria que dividir (espero que tenha o feito hahahhaha). Depois de entregar o simples presente ao Fê, consegui que o Dinho autografasse os dois encartes de cd do capital que havia levado. Poucos minutos depois, o segurança já pedia para que fossemos embora e inevitavelmente, tivemos que nos separar dos nossos ídolos.

Fui correndo para a frente do palco aonde aconteceria o show, e sem exagero algum, aproveitei o MELHOR show da minha vida. Foi incrível ver de perto um show tão maravilhoso, que reuniu canções mais antigas e canções do “Das Kapital”, senti uma alegria inexplicável naquele momento, registrei o máximo que pude daquilo tudo e fico rindo que nem uma boba só de lembrar algum detalhe do show.

Ainda tenho esperanças de reencontrá-los, e que se houver a próxima vez, eu possa estar mais tranqüila e possa bater pelo menos um dedo de prosa (como se diz aqui em Minas) com cada um e se depender de mim, do que eu puder fazer, irei em quantos shows eu puder ir, e assistirei na primeira fila, em frente ao palco, dançando, aplaudindo e cantando loucamente como fiz no primeiro show que fui. Me sinto parte da Nação Capitaliana e tenho muito orgulho disso! Capital Inicial fez, faz e sempre fará parte da minha história.

13 Respostas para “Post do fã – Alline Rodrigues”

  1. Viviane Saldanha

    Nossa que delícia esta emoção, eu imagino toda sensação maravilhosa que deve ser, eu fui ao show fiquei a meio kilometro de distância e tremia todos, meus amigos riam de mim, só quem é fã de verdade entende…Parabéns pela conquista e determinação Alline.
    Bjss Viviane Saldanha

  2. Amei o post o que ela descreve acredito que seja o que cada fã sente em relação ao nosso amado Capital Inicial….só que eu não tive ainda a mesma sorte de conhecê-los pessoalmente, mas eu sei que esse dia vai chegar….Capital amo vcs…

  3. OIII ALINE!!
    ADOREI SUA HISTORIA!!!
    É DIFICIL EXPLICAR MÁS, SEMPRE QUEREMOS MAIS!!
    MAIS ENCONTROS MAIS SHOWS!!
    EU JA FUI EM VÁRIOS MÁS A SENSAÇÃO A EUFORIA E A ANSIEDADE É SEMPRE COMO SE FOSSE O PRIMEIRO SHOW!
    É UM AMOR GIGANTE QUE SÓ QUEM TEM SABE EXATAMENTE COMO É!!
    ISSO AI FLOR BJOSSS!
    ORGULHO DE SER CAPITALIANA!!

  4. Renata Labury

    Alline!!! QD vi o post no facebook, q era de Uberaba, imaginei q era vc mesmo!!!! Q lindo seu texto!!! AI, foi tudo lindo mesmo, o show, o camarim! AInda bem q eu tb estava lá!!!!! MELHOR BANDA do MUNDO!!!!

  5. e aii galera do capital, curto vcs desde os 14 anos meus filhos tbm (puxaram a mãe no bom gosto musical rsrsr) o mais novo tem 7 anos e vive imitando o jeito do dinho cantar e toca a guitarra com uma vassoura cara é muito massa de ver!!! faz caras e bocas e conhece a maioria das letras, moro em criciuma em sc e nunca tive oportunidade de ir em shows, gostaria muito q vcs incluissem essa pequena cidade na agenda tbm, qdo teve em floripa não pude ir pra mim é muito dificil sair daqui. amo muito todos vcs. bjkasssss obrigada

  6. PARABÉNS ALINE!!!!!!
    TAMBÉM ADORO O CAPITAL E ME SINTO INTEGRANTE NA NAÇÃO CAPITALIANA.
    NÃO TIVE (AINDA) A SORTE DE TOCAR EM MEUS ÍDOLOS ,MAS ESPERO EM DEUS QUE UM DIA CONSIGA.
    AÍ BANDA ESPERO TER ESSE SONHO REALIZADO.
    BJJS
    AH!!! DINHO MINHA VIDA TE AMO CADA VEZ MAIS,MAIS,MAIS…..
    EU TE AMO!!!!!!!!!!!!!!!!!

  7. Foi um honra ter minha história publicada no site da banda que eu sou fã incondicional e amooooo!! Muito obrigada ao Capital Inicial por ter publicado!! E aos capitalianos e capitalianas que ainda não tiveram a oportunidade do encontro com nossos ídolos, não desistam desse sonho, um dia vai acontecer, todo capitaliano merece isso!!! beijo

  8. Mayra Moura

    Adorei o post… fico imaginando se fosse comigo. No sábado passado, 27 de agosto de 2011 fui ao show do Capital em São Luís… tava ali, bem na frente, tão pertinho, foi maravilhoso, perfeitoooooooooo. Não tiro aquelas horas da cabeça e nem quero. Quem sabe um dia tenho a sorte de falar com eles… é um sonho.